Profissões artesanais

Hoje, a gente é meio dinossauro, diz o o bem-humorado Marcos Pinatti

José Renato Vitorino de França e Vitória Cristina Gomes
27 de novembro de 2024

Marcos Pinatti começou a trabalhar como alfaiate com 15 anos. Hoje, com 80 anos continua atuando na área. Aprendeu a costurar vendo o pai, que também era alfaiate, trabalhar. A alfaiataria dos Pinatti ficava na Rua São Sebastião, 745. “Era lotado de serviço, nós não vencíamos. Tinha sempre três ou quatro pessoas que me ajudavam quando eu estava na Rua São Sebastião”. Além de ser uma oficina de costura artesanal de ternos e outros peças, a alfaiataria também era um ponto de encontro entre amigos.

Atualmente, Pinatti deixou de fazer ternos e trabalha apenas com consertos e ajustes. “Eu não consigo ficar parado. Vem uma calça, eu aperto. Vem um paletó, eu aperto. Vem uma calça para fazer barra. Entra bastante serviço.” Mesmo assim, o alfaiate acredita que a profissão está no fim, porque os jovens não se interessam em aprender esse ofício.  O alfaiate também costuma contar que seu pai já previa que a indústria têxtil e de confecção iria dominar.

Pinatti mantém o bom humor mesmo não acreditando no futuro da sua profissão