Paraquedismo: uma opção de adrenalina e emoção nos céus

por LUCIANO FILHO

A busca por esportes radicais é apenas mais uma em meio a tantas outras opções para fugir da rotina. Todos os anos, milhares de pessoas buscam fazer alguma atividade e praticar esportes no seu dia a dia. Manter a saúde corporal é essencial mas, juntamente a isso podem aproveitar a adrenalina que os esportes proporcionam e esse tem sido o grande alvo dos praticantes.

Nada melhor para elevar a adrenalina do que o paraquedismo.

Equipe de paraquedismo realiza salto coletivo

Subir em um pequeno avião, saltar em queda livre a uma altura de aproximadamente 20 mil pés com apenas uma mochila para fazer com que o pouso em terra firme seja seguro, correr o risco de o paraquedas não abrir, experimentar uma das maiores adrenalinas que a vida tem a proporcionar. Mas fazer isso mais de 320 vezes, como Thiago Bortoli, paraquedista há quase 10 anos, não é todo mundo que encara.

Em 2008, ele deu início a essa prática com apenas um e-mail para uma escola de paraquedismo, realizando um sonho que surgiu aos 15 anos de idade, quando pediu de aniversário um salto de paraquedas. O sonho se intensificou quando deu sua primeira empreitada no ar ao se tornar piloto de avião. Em seguida, virou atleta de paraquedismo, base jumping e parapente, demonstrando sua total afeição por esportes radicais, arriscando sua vida em troca de pura emoção e adrenalina.

“O céu não é o ambiente natural do ser humano. Estar no ar em queda livre é uma situação que proporciona sensações únicas. Vamos do medo anterior ao salto ao completo êxtase durante a descida. Ao chegar em terra firme, a emoção é de completa realização. Durante todos os meus mais de 320 saltos, a sensação sempre foi essa” descreve Thiago, que aos 33 anos não vê outro rumo para sua vida.

Do outro lado da moeda temos Neuza Julia Da Silva, comerciante de 53 anos que adiou o momento em que pularia de um avião por 40 anos e realizou apenas um único salto em toda a sua vida.

Ela conta que esse sonho teve início em sua infância, enquanto observava pássaros voando e tinha a certeza da liberdade que teriam na vida, querendo sentir ao menos uma vez, a mesma sensação de ser livre.

Conforme o tempo foi passando, esse sonho foi sendo deixado de lado. No entanto, seu marido e seu filho fizeram uma surpresa em seu aniversário e a levaram a uma escola de paraquedismo.

Ela diz que “o paraquedismo é um esporte fantástico pois pôde ajudar a realizar meu sonho de “voar” e por alguns instantes, foi apenas eu e Deus, esqueci de todo o resto. A experiência mudou completamente minha vida pois, em situações de ansiedade, medo ou nervosismo eu consigo manter o foco e ganhar coragem e motivação para fazer tudo, já que foram essas as sensações que pude sentir no momento anterior e posterior ao salto”.

O psicanalista Felipe Gazola explica que as pessoas estão mais sufocadas e presas no seu dia a dia com, trabalho, estudo e família do que pensamos, porque hoje esses são realmente os objetivos da vida. Porém, também vêm crescendo a quantidade de pessoas que realizam outras atividades no seu cotidiano ou periodicamente para escapar da rotina desgastante.

“No caso dos esportes, qualquer um que seja praticado será bom para a pessoa devido ao aumento da quantidade de hormônios, beneficiando assim o corpo e a mente. Com  os esportes radicais como o paraquedismo, a quantidade pode não ser a mesma já que a duração da atividade é curta, no entanto a quantidade de adrenalina e endorfina liberadas é muito maior, trazendo assim uma sensação de bem estar”.

Para todos que realizam atividades, vale lembrar que a prática excessiva de qualquer esporte também é prejudicial, já que é necessário ter um tempo para descanso, tanto para quem é atleta de ponta, quanto para quem é uma pessoa comum que pratica esporte periodicamente.

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