PRATICANTES RELATAM BENEFÍCIOS E DIFICULDADES DO SWING

por ANA JULIA ZANCHETTA
loucura, infidelidade ou nada disso?

Marina Rotty (nome fictício a pedido do personagem), 46 anos, é casada há mais de 20, e ficou curiosa com o Swing, quando ela e seu marido Márcio, ouviram histórias de uma antiga amiga, cujo o pai era dona de um casa de troca de casais “ O swing foi entrando na nossa vida e se tornou um estilo de vida, não simplesmente um passatempo”.

Para as pessoas não praticantes de swing, acham que isto é algum tipo de loucura ou até mesmo infidelidade, o que muitos casais praticantes discordam. “Percebemos que o swing não era simplesmente uma questão sexual, até que chegou o momento que nós deixamos de frequentar somente casas para nos divertirmos sexualmente. E entendemos que ele tem um papel importante na nossa relação.”

O casal já realizou mais de 400 trocas. “Paramos de contar quando chegamos 200 trocas, e isto foi em 2015, sem contar com menage e grupal. Então, hoje, a gente não tem nenhuma idéia de quantidade de trocas.”

Com inúmeros parceiros sexuais, histórias é o que não faltam na vida desse casal “Eu e a outra esposa estávamos de quatro, com os maridos trocados, transando, e o Marcio estava fazendo muito força. Ela começou a falar, ‘devagar, devagar’, só que ela estava de frente para mim, Márcio não entendia o que ela estava falando, ele foi indo com mais força, e cada vez que a mulher pedia para ir mais devagar, Márcio estava fazendo cada vez mais forte. E eu comecei a ficar aflita, até que parei de transar com o  marido da mulher e falei para ele ‘ é pra ir devagar, você não está entendendo’ e ele parou imediatamente de transar com a outra mulher”. Depois da confusão Marina e Márcio deram muitas risadas, porque realmente ele não estava entendendo o que a mulher dizia.

A prática sexual é realizada com troca de casais ou com a adição de mais uma pessoa, é feita da seguinte forma, o No Swing quando nenhum dos casais trocam e ficam somente entre seus parceiros, o Soft Swing há a troca de casais, mas somente sexo oral, nada de sexo com penetração. E por último, o Hard Swing quando há a troca de casais e sexo com penetração entre ambos.

Mas o swing não é somente para casados, solteiros também podem participar, este é o caso de Juliano Henrique (nome fictício a pedido do personagem) de 33 anos, e resolveu conhecer pessoas novas na internet, após o fim de seu casamento, conheceu a mulher que transformou totalmente sua vida, convidando-o para São Paulo praticar o swing com ela e seu marido.

Com experiências em demais festas, ele se tornou um formador de opinião nesta comunidade secreta, onde casais pedem seu parecer para qual casa de swing devem ir. Como formador de opinião, o que não falta para Juliano, também são história engraçadas. Em uma dessas trocas, o rapaz e o casal decidiram que a mulher iria para o motel no carro de Juliano, mas ele se perdeu e , com o celular descarregado, o esposo se desesperou achando que sua mulher tinha sido sequestrada. “Ele entrou em desespero, mas no final acabou tudo bem realizamos o swing e  voltei para casa sem parar de rir”.

Explica Juliano Henrique “É diferente, é um vício” Com a experiência inesquecível, ele começou a realizar festas que logo se tornaram um sucesso, até ser convidado a cuidar de uma casa de swing. Mas com os comentários de curiosos, Juliano decidiu fechar a casa e mudar para outro ramo, “O Swing hoje se tornou uma moda, o que sempre foi secreto se tornou alvo de curiosos”.

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